
Durante a fase de acumulação o recomendado é não utilizar os investimentos dedicados a gerar a renda passiva futura. Isso foi tema do post “DIVISÃO DOS INVESTIMENTOS SEGUNDO SEUS OBJETIVOS“. Mas pensando na fase de Renda Passiva, como se obter a liquidez necessária para atender a renda passiva?
Possivelmente na cesta de investimentos dedicados a gerar a renda passiva existam diferentes classes de investimentos, como RF (Renda Fixa), FII (Fundo de Investimento Imobiliário) e Ações. Os dois últimos são ativos reais e que pagam dividendos com certa regularidade. Mesmo para esses últimos, nem sempre a frequência é mensal como ocorre com as ações. Assim, deve haver alguma forma de suavizar o fluxo de retiradas para atender a renda passiva.
Com relação à renda fixa, essa pode ou não pagar juros com certa regularidade. A renda fixa privada (debêntures, CRI e CRA) geralmente paga juros trimestrais, semestrais ou anuais. No caso dos títulos públicos, existem os que pagam juros semestrais, mas existem os que pagam somente no vencimento. Já o crédito bancário (CDB, LC, LCI e LCA) geralmente só paga no vencimento. Assim, de alguma forma é necessária uma gestão sobre esses ativos para um fluxo de recursos para atender a renda passiva.
Nessa análise será considerado os principais investimentos no mercado financeiro para compor a renda passiva e de uma forma simples e direta. Maiores detalhes podem ser encontrados no livro “Finanças Inteligentes” disponível tanto em e-book como em capa dura. Serão considerados aqui os investimentos em FII, Ações e Renda Fixa clássica.
Para atender a renda passiva é necessário liquidez ou yield dos ativos que compõe os investimentos. O problema é que o fluxo de yield é irregular e é preciso manter o equilíbrio da carteira entre as diferentes classes de ativos para atender a premissa básica da independência financeira que é a diversificação. Assim, a Renda Passiva não deveria ser atendida apenas por uma parte dos ativos da carteira. Isso, com o tempo, poderia acarretar um desbalanço entre as diferentes classes de ativos. Assim, a sugestão é reforçar a cesta da reserva de emergência e considerar esta como a cesta que por onde passa os recursos para a Renda Passiva. Essa cesta deverá atender ao menos 1,5anos de Renda Passiva.
Reserva de emergência: Local onde as diferentes classes de ativos vão alimentar os recursos para atender a renda passiva. Essa deve ser de no mínimo 1,5anos de renda passiva. Se ultrapassar 2 anos, utilizar o excedente para fazer novos investimentos de acordo com as proporções esperadas nas diferentes classes de ativos.
Fundo de Investimento Imobiliário: sugestão de não vender os ativos. Para essa classe utilizar unicamente o yield mensal para compor a Renda. O yield é isento de imposto e a venda de cotas, além de reduzir patrimônio, resulta em pagamento de imposto. Assim, o yield será destinado para a reserva de emergência.
Ações: Assim como os FII, as ações são ativos reais e não deveriam ser vendidas. Deve-se utilizar apenas os dividendos para compor a Renda Passiva. Alocar o fluxo de dividendos para a reserva de emergência.
Renda Fixa: Para os ativos que pagam juros ao longo do investimento, destinar os juros para a reserva de emergência. Para a RF que só paga juros no vencimento, à medida que ocorre os vencimentos, alocar parte para a reserva de emergência e parte para novos investimentos. Fazendo dessa forma pode-se aproveitar a vantagem tributária nos investimentos mais longos e até mesmo taxas maiores. Por exemplo, pode-se considerar um escalonamento de dezenas de CDBs investidos em diferentes tempos e, isso traz um fluxo de vencimentos contínuos trazendo liquidez!
Observe que mesmo uma carteira composta por 100% em CDBs, poderia resultar em liquidez suficiente para atender a Renda Passiva. Por exemplo, se todo o mês ou a cada trimestre fosse feito um investimento em CDBs de 8 anos, após 8 anos resultaria um vencimento a cada 3 meses. Nesses 8 anos teríamos 32 trimestres. Considerando que a Taxa Segura de Retirada é por volta de 4% e ainda considerando investimentos semelhantes em cada trimestre, um só vencimento já atenderia a TSR anual. A reserva de emergência de 1,5anos iria trazer tranquilidade e garantia do atendimento da Renda Passiva mesmo com CDBs de 8 anos!
Assim, não deixe de aproveitar uma oportunidade de um CDB longo avaliando erroneamente que só poderá aproveitar os recursos após o vencimento desse investimento. A análise correta é considerar a liquidez da carteira e essa sim deveria estar distribuída não só em diferentes ativos, mas em diferentes tempos. Assim, cada investimento trabalhará para atender a TSR, mas individualmente não faz sentido que cada ativo trabalhe para a liquidez imediata!
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